'Dá-me o teu amor'
Suplico-te : olha-me.
Deixa-me perceber no teu olhar o que eu sinto.
Engano-vos - a vocês pessoas que me lêem.
- Perdoam-me?
Ficciono este amor - este maldito amor inexistente em mim.
Com doçura mando o meu pensamento ir lixar-se. Sozinho. Não quero ir atrás desta maré que me dói.
Difícil de compreender-me desisto de explicar-me.
Sinto-me próxima de algo. Sem saber de quem ou de quê.
Prendo-me a isto - á escrita e á leitura.
Ignoro significados,sentidos,mágoas. Escrevo desejos. Peço que ignorem o que escrevo.
Devaneios - digo - não passam disso,de devaneios.
E vocês acreditam. Tem forçosamente de acreditar. Sabem que dos meus lábios não sairão mais palavras. Sabem que as explicações irei guardar para mim.
Tira as mãos de cima de mim - maldita palavra - deixa-me beber até ao fim.
Deixa embebedar-me de segredos, deixa-me sofrer em silencio.
Cala-te vento. Deixa-me só. Por favor.
Prometo que amanhã vos animarei.
Depois não vão ter de me agradecer. Agradeçam á máscara e ao silêncio.
Não tentem intrepertar-me, cometerão o maior dos vossos pecados.
confesso agora ao vazio : só quero o teu amor.