Aguenta aí amor
Tinham dificuldades em falar de amor,acentuavam peremptórios nãos enquanto escondiam o ruborizar lento que se propagava em suas faces. - A distância sempre ajudou em tudo,na afirmação do macho latino e da rapariga que preservava a liberdade.
Passaram-se Outonos,arrastaram-se Verões e não se escreveram cartas de amor.
O espelho pergunta-me porque desenterrei este passado que já todos esqueceram!E eu faço cara de chateada - esta história não é minha,resmungo,isto é só a sombra de um sonho e o retrato de uma irrealidade.
Tal como um flamengo cheio de fé em si mesmo faço-me de modelo e lanço-me nesta terra batida.
-Olá amor,não tentes esgravatar este pedaço de escrita.Esta não sou eu.Já lhe disseste o que sentes?
Escusas de fugir.O amor não é suposto ser uma dança lenta,em que um dança e o outro vê.Corre.Tu sabes absorver os segundos.Tu sabes aproveitar a realidade.
Mas não te escondas nas letras.Não reclames com o passado!Limita-te a mudar o presente.